domingo, 20 de novembro de 2011

Prateleiras Solitárias

         Bibliotecas cheias de livros com historias para todos os gostos e para todas as idades estão espalhadas por vários cantos de um país que ainda tem o hábito da leitura bem distante da rotina diária de seus jovens. Mesmo sendo os próprios jovens os únicos prejudicados é difícil de tornar da força que carregam consigo grandiosa o suficiente para trazer esse hábito à realidade.
         Aqueles que não têm o medo de se entregar por inteiro à historia de um livro, sabem o quanto a geração não leitora se pôs a perder quando optou em depositar o conhecimento contido em um livro dentro de uma mera prateleira mofada. A culpa por essa má aculturação que a sociedade sofreu não pode ser completamente atribuída aos jovens. Muitos não tiveram a oportunidade de serem apresentados, e nem a ousadia de se auto apresentarem ao senhor do saber, o livro. A frequencia com que o mundo gira faz com que no fim todos acabem por adquir sua parcela de responsabilidade pelo abandono das bibliotecas que foram substituídas pelos "shoppings centers". Se a cada celular vendido se vendesseM três livros ou mais, o atraso da sociedade brasileira não seria tão grande e a desaceleração de mentes pensantes não seria uma constante.
         Uma família moderna prefere optar por um passeio a ver vitrines ao invés de uma viagem dentro das páginas de um livro.  Viagem que, quando bem lida, faz com que meras palavras deixem a mente em sintonia com o mundo da sabedoria. Pais se entregam aos defeitos da globalização quando abrem suas carteiras para roupas de grifes e fecham para a compra de livros. Deixam suas lamúrias, de forma inconsciente, prejudicarem seus filhos, acabando por abrir a boca na hora de reclamar da professora que recomenda um livro de 30 reais e fechando ela na hora de ler uma historia para eles. Se opor a ideia da leitura ao ver o valor dos cifrões é não ter o conhecimento, talvez por nunca ter vivenciado, do valor interior que uma história pode conter.
         Se a inteligência, o conhecimento, e a maturidade de qualquer livro de qualquer biblioteca fossem postos em prática na "vida real", os amores, as fantasias e as familías perfeitas lidas e dadas como impossíveis, provavelmente estariam mais visíveis aos olhos de um leitor a se tornarem possíveis. Porém, poucos leêm. E muito poucos são os que leem para viver

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